sábado, 27 de agosto de 2011

'Ninguém quer ser julgado por juiz com medo', diz substituto de Patrícia Acioli


FotoJUIZ DIZ TRABALHAR TRANQUILO
Extra
FotoPATRÍCIA ACIOLI
Em conversa com esta Coluna, o juiz Fábio Uchoa falou sobre a missão de ocupar a cadeira da juíza Patrícia Acioli, morta no último dia 12, em frente à sua casa em Niterói, no Rio de Janeiro. Durante a entrevista, ele disse acreditar que o aumento no número de ameaças a magistrados após o assassinato da juíza seja reflexo da grande repercussão que o caso teve o que, segundo ele, pode ter levado algumas pessoas a agirem de má fé, passando trotes para assustar alguns juízes. Em relação a seu trabalho na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, Uchoa se diz tranqüilo e afirmou que não se sente ameaçado e tem exercido seu trabalho “com normalidade” contando com a ajuda de outros três juízes e mais sete promotores de justiça. Segundo ele, a designação desta força-tarefa para a Vara tem ajudado a manter a pauta de processos que já havia sido definida enquanto Patrícia estava no cargo. Fábio Uchoa acredita que mesmo tendo sido um fato lamentável, o assassinato da juíza, a quem se referiu como amiga, foi isolado e pontual. “De 15 mil juízes em atividade foram três fatos pontuais. Não há motivo para alarde. O judiciário deve pensar na segurança dos magistrados, mas não significa que devamos ficar apavorados”, afirmou. O juiz afirmou que benefícios, como a disponibilidade de escolta policial são garantias que os magistrados têm para o bom exercício da função, mas infelizmente algumas vezes são interpretados como privilégios pela população. “Ninguém quer ser julgado por juiz com medo”, disse. Quanto às milícias, que têm atuado no estado, ele acredita que tanto a polícia, quanto a justiça do Rio têm desenvolvido um trabalho diferenciado e eficiente no combate a estes grupos e afirmou, “se cometem os crimes já sabem das conseqüências”.

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