O pacote de medidas de
redução de custos, anunciado nesta terça-feira, pelo presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) deverá promover uma economia de pelo
menos R$ 262 milhões no período de dois anos. Entre as mudanças estão a
extinção de funções de chefia e assessoramento, a economia em
contratos de mão de obra, a ampliação da jornada de trabalho dos
servidores, e a junção de estruturas existentes na casa e a eliminação
do atendimento ambulatorial aos servidores no serviço médico da casa.
As medidas são parte de um planejamento estratégico que será divulgado
dentro de 30 dias, com metas de curto, médio e longo prazo. "Vamos
aprofundar este trabalho, que é fundamental para reaproximar o Senado
da sociedade. Não se trata de fazer menos com menos, tampouco de fazer
menos com mais. Trata-se, sim, de fazermos mais com menos", disse
Calheiros. Eis as principais medidas anunciadas:
- Extinção de mais de 500 funções de chefia e assessoramento em todas as unidades do Senado, o que, segundo o presidente, equivale a 25% do total atual e implicará em economia de R$ 26 milhões nos próximos dois anos.
- Extinção de mais de 500 funções de chefia e assessoramento em todas as unidades do Senado, o que, segundo o presidente, equivale a 25% do total atual e implicará em economia de R$ 26 milhões nos próximos dois anos.
- Não-renovação de contratos
de mão de obra terceirizada que vencem no meio do ano. Outros contratos
serão reduzidos para que se atinja uma economia de R$ 66 milhões.
Entre eles estão contratos de apoio administrativo e do setor de
arquivo.
- Redução de 20% nos contratos de serviço de vigilância.
- Extinção do atendimento
ambulatorial gratuito para servidores do Senado no Serviço Médico, com
economia estimada em R$ 6 milhões no biênio. O presidente lembrou que o
Senado oferece a seus servidores um plano de saúde compatível com o
mercado privado de assistência médica e não há justificativa para manter
um outro serviço gratuito na casa. Os médicos que faziam o atendimento
devem atender somente em casos de emergência. Parte dos profissionais
também deve ser aproveitada para perícia médica e medicina do trabalho.
- Fusão das estruturas do
Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), do Interlegis, programa de
interação legislativa, e da Universidade do Legislativo Brasileiro
(Unilegis), além da unificação de processos administrativos da
Secretaria Especial de Informática do Senado Federal (Prodasen) e da
Secretaria Especial de Editoração e Publicações (Seep), conhecida como
Gráfica do Senado. As fusões e incorporações, segundo o presidente,
devem gerar economia de R$ 3 milhões nos próximos dois anos.
- Ampliação da carga horária
de trabalho dos servidores, que, na jornada corrida, passarão a
trabalhar sete horas por dia, em vez das seis atuais. A mudança segundo
Renan, representará um aumento de 50 mil horas úteis de trabalho por
mês. Segundo o presidente, a estimativa de economia anual com a redução
de nomeações e contratações é de cerca de R$ 160 milhões.
- Possibilidade de exercício da chefia de gabinete dos senadores por servidores comissionados, com cargos já existentes na casa.
- Vedação à nomeação de
servidores concursados para as carreiras de polícia legislativa - com
117 cargos vagos - e de saúde e assistência social – com 42 cargos
vagos.
- Criação, sem custos para a
casa, do Conselho de Transparência e Controle Social, diretamente
vinculado à Presidência do Senado. Além dos diretores das Secretarias de
Transparência, de Informação e Documentação; de Pesquisa e Opinião, e
de Comunicação do Senado, o conselho poderá contar com membros da
sociedade. O conselho terá a obrigação fiscalizar o atendimento das
demandas por acesso à informação e orientar o funcionamento dos órgãos
vinculados a essa tarefa.
- Publicação, no Portal de
Transparência, dos dados referentes a proventos e pensões de
ex-parlamentares, servidores inativos e pensionistas.
- Limitação do fracionamento dos 11 cargos em comissão de cada gabinete parlamentar.
- Revisão do plano de acessibilidade do Senado Federal.
- Criação da Procuradoria da
Mulher, com transformação de cargo existente na Procuradoria
Parlamentar. O setor zelará pelas políticas de gênero em discussão no
Legislativo.
- Limitação da permanência
dos diretores de Compras e Contratações e de Controle Interno no cargo. O
prazo, segundo o senador, será de 2 anos, sem prorrogação. Para Renan,
o rodízio nessas duas funções estratégicas é uma prática recomendável.
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