quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

JÚNIOR DO MOJÓ E ELIAS ORLANDO: DE GRILAGEM A ESTELIONATO SÃO COPIADOS EM BELÉM


GRILAGEM E ESTELIONATO

A Polícia Civil de Belém-PA, espera ouvir até a próxima sexta-feira o depoimento de Maria do Socorro Teles Alexandrino, acusada de lotear e vender terras privadas em Outeiro, distrito de Belém. Em reportagem exibida pela TV Liberal na última semana, Maria do Socorro aparece nas imagens negociando lotes no terreno e revelando um esquema de especulação imobiliária na ilha. Ontem de manhã, o delegado Vanildo Oliveira ouviu em depoimento a líder comunitária Francisca Amorim, também apontada como líder do esquema de invasões, em reportagem publicada em O LIBERAL em 23 de outubro deste ano. Francisca afirmou desconhecer a venda ilegal de lotes no distrito. Acompanhada de um advogado, a mulher negou envolvimento com o esquema. 'Meu nome chegou a ser veiculado na imprensa como se fizesse parte desta especulação imobiliária, mas isso não procede. Não tenho envolvimento com este esquema e vou provar isso', afirmou a líder comunitária.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, o depoimento de Francisca Amorim foi necessário por se tratar de uma liderança importante na localidade. 'Assim como outras lideranças da área, ela (Francisca) teve que ser ouvida, pois é uma das líderes comunitárias da localidade. O depoimento dela e de toda a comissão que compõe a coordenação do movimento é de grande importância para as investigações. Ao longo desta semana, outras lideranças serão ouvidas, além da mulher que aparece nas imagens exibidas na reportagem e que é a principal investigada', declarou o delegado, que responde pela delegacia de Ordem Social, vinculada à Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe).
Com os depoimentos, a polícia espera chegar aos responsáveis pelo esquema de especulação imobiliária na ilha. 'Queremos esclarecer quem está negociando os lotes e enriquecendo com este esquema. A venda de terrenos configura crime de estelionato, previsto no Código Penal. Pelas imagens da reportagem, as pessoas estão vendendo terrenos que não lhes pertencem e induzindo outrem ao erro', comentou a autoridade policial, que não descartou a necessidade de uma acareação entre os envolvidos.

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