sexta-feira, 6 de julho de 2012

DEPUTADO RENUNCIA AO MANDATO


O deputado federal Maurício Rands (PT-PE) anunciou em carta aberta nesta quarta-feira seu desligamento do PT, a devolução do mandato parlamentar e seu afastamento "definitivo" do cargo de secretário de governo de Eduardo Campos (PSB). Na carta, ele fala de sua decepção com as práticas, métodos e decisões do seu partido e manifesta seu apoio ao candidato Geraldo Júlio (PSB), da Frente Popular do Recife.
Maurício Rands foi pré-candidato a prefeito do Recife e enfrentou o atual prefeito da cidade, João da Costa, na eleição prévia para definir quem seria o indicado pelo PT. Rands tinha o apoio do senador Humberto Costa e do deputado federal João Paulo, maiores líderes do PT no Estado, e perdeu a votação interna.
A prévia aconteceu em meio a denúncias de irregularidades feitas por Rands. Em seguida, a executiva do PT anulou a consulta e marcou nova disputa. O prefeito João da Costa e o deputado Rands se reuniram com o presidente do PT, Rui Falcão, que pediu para os dois abrirem mão das suas candidaturas, em favor do senador Humberto Costa. Rands decidiu ceder, mas João da Costa não aceitou a decisão nacional. O nome do senador foi homologado como candidato e o prefeito recorreu.
A manutenção do debate interno do PT foi o argumento utilizado pelo governador Eduardo Campos (PSB) para chamar para si a responsabilidade sobre a eleição no Recife - até então sob coordenação do PT - e, em seguida, lançar o seu então secretário de Planejamento como candidato.

Elogios ao candidato do PSB

Maurício Rands elogiou a escolha de Eduardo Campos no documento divulgado hoje. "Geraldo Júlio é o quadro mais preparado para atualizar e aperfeiçoar a gestão municipal do Recife, implantando na cidade o que o governador Eduardo Campos está fazendo em Pernambuco", afirma em uma das passagens de "Carta ao povo pernambucano".
Antes dos elogios ao candidato da Frente Popular, Rands conta que refletiu depois que viu sua pré-candidatura ser preterida "de forma autoritária" pelo partido. "Esgotei por inteiro minha motivação para continuar lutando por uma renovação no PT". Ele ainda classificou de infrutíferas e sem perspectivas suas iniciativas na política interna partidária. "Tentei afirmar que o 'como fazer' é tão importante quanto os resultados", escreve.
A carta está assinada no dia 3, embora só tenha dado publicidade nesta quarta-feira. Antes da assinatura, palavras de desilusão. "Saio da vida pública e da política partidária para exercer ainda mais plenamente a cidadania".

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