2013 começa com um importante debate: a proposta de um Pacto por São Luís, lançada pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior, a partir de uma série de conversas com os governos federal e estadual. O objetivo é o desenvolvimento da capital de todos os maranhenses, juntando esforços dos vários níveis de governo, dos empresários, dos movimentos sociais e da sociedade civil. É, sem dúvida, um novo parâmetro para a política maranhense, em que o diálogo entre adversários políticos pode existir, sem as máculas da subserviência, da cooptação, da chantagem – tão ao gosto da oligarquia ainda dominante.
Para que a proposta do Pacto saia do papel, o prefeito Edivaldo deu dois passos importantes nesta semana. Um deles foi divulgar 80 metas concretas para os 120 primeiros dias de governo. O estabelecimento dessas metas, além de tornar mais eficaz a ação governamental, amplia o controle social e democratiza o poder municipal. Outro passo correto dado pelo prefeito Edivaldo foi procurar o governo do Estado e propor uma agenda para a construção de parcerias institucionais em favor de São Luís. Até aqui, infelizmente, o governo do Estado tem se omitido, por exemplo, no tocante ao Socorrão, mesmo com o importante apelo público feito pelo seu diretor, Dr. Yglésio.
No que se refere ao governo federal, tenho colaborado com São Luís – e com outras cidades maranhenses – em muitas reuniões agendadas em Brasília. Diante de ministros e técnicos de diversos setores do governo federal, Edivaldo tem apresentado o quadro preocupante em que se encontra São Luís e discutido soluções, sempre com ótima receptividade. Tenho certeza de que o governo Dilma, no salutar exercício do municipalismo, vai ajudar as nossas cidades a melhorar a qualidade do serviço público.
Em Salvador, temos um exemplo recente de adversários políticos que estão dialogando. Em reunião, a presidenta Dilma Rousseff (PT), o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o prefeito da capital do estado, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM), firmaram acordo de trabalho harmônico visando trazer melhorias para Salvador.
É por posturas como estas que lutamos, para que o Maranhão deixe de ser um estado oligárquico, no qual prevalece a ideologia do favor (para os amigos) ou do ódio (para os adversários). Essa foi a receita empregada nesses 50 anos do coronelismo liderado pelo senador Sarney, e as consequências aí estão: o nosso povo sofrendo e o Maranhão sendo mal visto por conta dos péssimos indicadores sociais.
Edivaldo e outros prefeitos estão lançando os fundamentos de um novo caminho para o Maranhão. Olhemos para o futuro. Sem ódios e sem medo. Quando a oligarquia for apenas uma triste página nos nossos livros de História, teremos um Maranhão de todos nós.
Escrito por Flávio Dino, 43 anos, é presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), foi deputado federal e juiz federal
Escrito por Flávio Dino, 43 anos, é presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), foi deputado federal e juiz federal
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