quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

TOCANTINS TEM MAIOR Nº DE MUNICÍPIOS MAIS POBRES DO PAÍS

Mais novo Estado brasileiro tem 93% dos municípios mais pobres do país
Dos 30 menores municípios do Brasil, 28 são de Tocantins, o mais novo Estado do país, divulgou ontem o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ao apresentar sua publicação Produto Interno Bruto dos Municípios.
A pesquisa revela que o mais o mais novo Estado brasileiro tem 93% dos menores municípios do país.
O supervisor de Informações do IBGE no Piauí, Pedro Soares, afirmou que o espírito da lei da criação dos Estados e emancipação dos novos municípios não está sendo respeitado porque estão emancipando municípios sem que tenham autonomia financeira.
“O que vem a ser criar um Estado ou um município? Na verdade, é emancipar. Vamos traduzir o município e o Estado como uma pessoa física. Quando você se emancipa é que você tem condições de sair da casa dos pais e pode viver por conta própria. Se você se emancipa para viver as custas dos demais Estados, municípios e União, não adianta. A emancipação é para quem pode sustentar”, declarou Pedro Soares.
Dos 56 municípios com menor PIB (Programa Interno Bruto) do Brasil, 17 estão no Piauí, divulgou nesta quarta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ao apresentar a publicação Produto Interno Bruto dos Municípios para os anos de 2005 a 2009.
Entre os 25 municípios com pelo menos 0,5% de participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, 11 apresentaram variações na sua participação entre 2008 e 2009.
A queda de preços do barril de petróleo, associada às conseqüências da crise econômica de 2008, afetou o município de Campos dos Goytacazes (RJ), que perdeu 0,4 ponto percentual em sua participação no PIB, passando de 1,0% em 2008 para 0,6%.
A crise também causou a queda nos preços do minério de ferro, o que influenciou a perda de 0,2 ponto percentual de participação no PIB do município de Vitória (ES), que passou de 0,8% para 0,6% de participação.
Os municípios paulistas de Barueri, Guarulhos, São Bernardo do Campo e Santos e, ainda, Betim (MG), também tiveram variação negativa de 0,1 ponto percentual cada um, causada por retrações na indústria, redução na atividade comercial e, no caso de Barueri, em função do ganho de participação do município de São Paulo.
Os municípios que tiveram aumento de participação no PIB entre 2008 e 2009, todos com variação de 0,2 ponto percentual, foram São Paulo (de 11,8% para 12,0%), Brasília (de 3,9% para 4,1%), Rio de Janeiro (de 5,2% para 5,4%) e o município fluminense de Duque de Caxias (de 0,6% para 0,8%).
Em 2009, aproximadamente 25% de toda a geração de renda do país estava concentrada em cinco municípios: São Paulo (12,0%), Rio de Janeiro (5,4%), Brasília (4,1%), Curitiba (1,4%) e Belo Horizonte (1,4%). Juntos, eles representavam 12,6% da população nacional. Aproximadamente metade do PIB nacional se concentrava em 51 municípios, os quais representavam 30,8% da população. Por outro lado, na última faixa de participação relativa no PIB, 1.302 municípios respondiam por 1,0% do PIB e, juntos, representavam 3,3% da população.
Excluindo-se as capitais, 12 municípios geravam individualmente mais do que 0,5% do PIB, contribuindo, em conjunto, com 9,3% da renda gerada no país, quase todos no Sudeste: Guarulhos (SP), 1,0%; Campinas (SP), 1,0%; Osasco (SP), 1,0%; São Bernardo do Campo (SP), 0,9%; Barueri (SP), 0,8%; Duque de Caxias (RJ), 0,8%; Betim (MG), 0,8%; Santos (SP) e São José dos Campos (SP), ambos com 0,7%, Campos dos Goytacazes (RJ), 0,6% e Jundiaí (SP) e Canoas (RS), ambos com 0,5%.
Em termos de PIB per capita, São Francisco do Conde (BA) ocupou a 1ª posição, seguido de Porto Real (RJ), Triunfo (RS), Confins (MG) e Louveira (SP). Essas e outras informações estão disponíveis na publicação do Produto Interno Bruto dos Municípios, para os anos de 2005 a 2009, fruto de projeto desenvolvido em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais e a Superintendência da Zona Franca de Manaus – Suframa.
Considerando-se o ranking de participação de todos os municípios do país no PIB, os maiores ganhos de posição ocorreram nos municípios paulistas de Monções (da posição 4.502 para a posição 1.818), Brejo Alegre (de 4.334 para 2.373) e Borá (de 5.037 para 3.679), todos com crescimento relacionado à produção de açúcar e álcool. O aumento na participação do município pernambucano de Terra Nova (de 4.189 para 2.951) deu-se por conta do incremento no setor agropecuário; e no município catarinense de Mirim Doce (da posição 4.472 para a 3.255), por conta da instalação de empresas especializadas em usinagem de massa asfáltica com a finalidade de pavimentar cidades próximas.
Já as maiores perdas de posição foram detectadas nos municípios mineiros de Albertina (da posição 3.554 para 5.162) por causa da queda do comércio atacadista do café em grão, Catas Altas (de 1.423 para 3.018), pela queda no valor da produção do minério de ferro (que já vinha caindo desde 2005, mas se agravou com a crise, provocando o fechamento de algumas minas), e Prudente de Morais (de 2.488 para 3.645) pela queda expressiva na produção de cal e gesso, além do encerramento das atividades de empresa ligada à produção de ferro gusa; no município maranhense de São João do Carú (de 2.995 para 4.122), por causa da queda na produção de mandioca; e no município piauiense de Monsenhor Gil (da posição 2.917 para a 3.928), devido à queda na extração de britamento de pedras.
Para medir a concentração da geração de renda na atividade produtiva, a pesquisa dividiu a média do PIB dos 10,0% dos municípios que mais contribuíram e a média dos 60,0%, 50,0%, 30,0% e 10,0% dos municípios com menor contribuição para o PIB. O indicador para o Brasil revelou que, em 2009, a média dos 10,0% dos municípios com maior PIB geraram 95,4 vezes mais renda que a média dos 60,0% dos municípios com menor PIB.
Considerando o período 2005 a 2009, observa-se que esse indicador vem apresentando sistematicamente pequenas quedas. Em 2005 era de 100,9 e nos anos seguintes passou para: 99,7; 99,3; 96,5 chegando a 95,4 em 2009.
Na análise por região, o Sudeste apresentou os maiores indicadores ao longo da série histórica. Em destaque, observou-se que, mesmo excluindo-se os municípios das capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, o indicador do Sudeste continuou alto, o maior dentre todas as regiões, evidenciando concentração do PIB. Em outro extremo, as regiões Nordeste, Norte e Sul apresentaram mais dispersão. No Centro-Oeste, ficou evidente a concentração devido a Brasília.
O cálculo desse indicador, quando realizado para cada Unidade da Federação, mostrou as maiores concentrações nos estados de São Paulo (147,5), Amazonas (108,2) e Rio de Janeiro (98,5), enquanto as menores concentrações foram verificadas em Rondônia (19,1), Acre (24,1) e Tocantins (24,3).
Agregando-se os municípios por 8 faixas de população (Até 5.000 hab., de 5.001 a 10.000 hab., de 10.001 a 20.000 hab., de 20.001 a 50.000 hab., de 50.001 a 100.000 hab., de 100.001 a 500.000 hab. e mais de 500.000 hab.) observa-se que o maior ganho de participação ocorreu na faixa de 100.001 a 500.000 habitantes, que passou de 26,1% , em 2000, para 27,4% em 2009 e a maior perda, na classe de mais de 500.000 habitantes que em 2000 gerava 45,8% do PIB e passou a gerar 42,7% em 2009.
Menos de 15% dos municípios brasileiros têm PIB per capita maior do que o PIB per capita brasileiro (R$16.918). Metade dos municípios brasileiros tem PIB per capita menor do que R$ 8.395 (aproximadamente metade do nacional). Três quartos dos municípios brasileiros tem PIB per capita menor do que R$ 13.317.
Os municípios com maior PIB per capita em 2009 tinham como característica em comum a baixa densidade demográfica. Em 1o lugar, São Francisco do Conde (BA), que abrigava a segunda maior refinaria em capacidade instalada de refino do país com PIB per capita de R$ 360.815,83 e uma população de apenas 31.699 pessoas. Em 2º lugar, Porto Real (RJ), com R$ 215.506,46 e 16.253 habitantes, cujo PIB per capita foi bastante influenciado pela indústria automobilística. Triunfo (RS), sede de um importante polo petroquímico na região metropolitana de Porto Alegre, ficou em 3º lugar com R$ 211.964,79 e 25.374 habitantes. A transferência da maior parte dos voos do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, para o município vizinho de Confins (MG) fez com que este último ficasse em 4ª em 2009, com R$ 187.402,18 e 6.072 habitantes. Louveira (SP), com R$ 174.891,84 de PIB per capita e 33.251 habitantes, ocupava o 5º lugar graças aos seus centros de distribuição de grandes empresas.
O menor PIB per capita, em 2009, foi de R$1.929,97 no município maranhense de São Vicente Ferrer, com população de 20.463 habitantes. Segundo a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) 2009, o município teve perda de 77,6% da quantidade produzida e de 83,4% do valor de produção da mandioca, em função do grande período de excesso de chuva.
Os 56 municípios de menor PIB per capita (que correspondem a 1,0% dos 5.565 municípios do país) tinham PIB per capita inferior a R$ 2.728,79 e estavam localizados no estado do Pará (13) e no Nordeste, nos estados do Maranhão (14), Piauí (17), Ceará (2), Alagoas (4) e Bahia (6).
Entre os municípios das capitais, destacaram-se Vitória com o maior PIB per capita (R$ 61.790,59), seguido de Brasília (R$ 50.438,46), São Paulo (R$ 35.271,93), Rio de Janeiro (R$ 28.405,95) e Porto Alegre (R$ 26.312,45). Observa-se que apesar de Vitória ter o PIB per capita mais alto entre as capitais, correspondendo a 3,7 vezes o PIB per capita brasileiro (R$ 16.917,66), foi o terceiro maior dentro do estado do Espírito Santo, atrás dos municípios de Anchieta (R$ 108.431,27) e Presidente Kennedy (R$ 71.942,58).
Em 2009, 188 municípios agregavam aproximadamente 25,0% do valor adicionado bruto (valor gerado menos o consumo intermediário) da agropecuária do Brasil, enquanto 655 municípios agregavam apenas 1,0%.
O município de Rio Verde (GO), grande produtor de soja, milho e sorgo, além da criação de aves, suínos e bovinos, foi o que obteve o maior valor adicionado bruto da atividade agropecuária no país em 2009 (R$ 676,2 milhões). São Desidério (BA), em 2º lugar, com R$ 662,5 milhões, foi o maior produtor de algodão herbáceo do país e também grande produtor de soja e milho. Em 3º lugar, ficou Sorriso (MT), com R$ 647,0 milhões e uma economia baseada na produção intensiva de soja, milho e algodão herbáceo, além de pecuária extensiva.
Em 2009, apenas 11 municípios concentravam aproximadamente 25,0% do valor adicionado bruto da indústria. Esse grupo concentrava 13,7% da população brasileira. Com 62 municípios, chegava-se à metade do valor adicionado bruto da indústria e a 28,8% da população. No mesmo ano, 2.409 municípios responderam por 1,0% do valor adicionado bruto da indústria e concentravam 8,8% da população.
No ranking de participação dos municípios no valor adicionado da indústria, o município de São Paulo se manteve como o principal polo industrial do país, com participação relativa de 8,9%, ganhando participação em relação aos 8,7% registrados em 2008. O município do Rio de Janeiro, que estava em 3º lugar nesse ranking em 2008, com 2,0% de participação relativa, passou a ocupar a 2ª colocação, com 2,3%, em 2009.
Em 2009, com 37 municípios, chegava-se à metade do valor adicionado bruto nacional dos serviços e a 28,2% da população. No mesmo ano, 1.315 municípios respondiam por 1,0% do valor adicionado bruto dos serviços e concentravam 2,9% da população. A concentração dos serviços nas capitais era bastante alta, chegando a totalizar 40,5% em 2009. Dos 37 municípios que agregavam 50,0% do valor adicionado bruto dos serviços, 17 correspondiam a capitais. Os municípios das capitais de São Paulo, com R$ 255,8 bilhões, e do Rio de Janeiro, com R$ 118,3 bilhões, continuaram como líderes no ranking do valor adicionado dos serviços.
Administração pública responde por mais de 1/3 da economia de 35,4% dos municípios do país
Dos 5.565 municípios brasileiros, 1.968 (35,4%) tinham mais do que 1/3 da sua economia dependente da atividade de administração, saúde e educação públicas e seguridade social. O peso do valor adicionado bruto dessa atividade no PIB nacional vem crescendo desde 2005. Em 2005, a participação no PIB brasileiro foi de 12,9%, em 2006, 13,1%, em 2007, 13,3%, em 2008, 13,4%, chegando em 2009 a participar com 14,1%. Entre os municípios com maior dependência da máquina administrativa na sua economia, destacam-se Uiramutã (RR), com 80,0%, e Areia de Baraúnas (PB) com 71,4%.

Um comentário:

  1. Olá Caula!
    Sempre é hora de combater a dengue. Juntos podemos mobilizar a população sobre a importância de se prevenir contra o mosquito Aedes aegypti, mantendo hábitos simples como limpar calhas, caixas d’água, recolher o lixo e nunca deixar pneus ao ar livre para não juntar água.
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    Ministério da Saúde

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