sábado, 16 de junho de 2012

POLÍCIA FEDERAL PRENDE ENVOLVIDOS EM ESQUEMA QUE VENDIA ÁGUA A PREÇO DE FILÉ


Seis frigoríficos, que teriam ligação com Zezé Perrela, foram alvos da operação “Vaca Atolada”            As peças de carnes bovinas tinham peças de carnes o peso e o valor nutricional adulterados.

Um esquema fraudulento de injeção de água e colágeno em cortes nobres de carnes bovinas e suínas, para obter sobrepeso entre 20% e 50%, foi desmantelado nesta sexta-feira (15) na chamada operação “Vaca Atolada”, desencadeada pela Polícia Federal em Minas. O produto era entregue para órgãos públicos, por meio de licitações, ou fornecido para supermercados e açougues para venda direta ao consumidor.
Ao todo, seis frigoríficos localizados em Belo Horizonte, Contagem e Ibirité foram alvos de cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pela 9ª Vara da Justiça Federal de Belo Horizonte. Técnicos do Ministério da Agricultura também participaram da ação e lacraram máquinas usadas para a injeção de água e colágeno nas carnes.
Conforme a Polícia Federal, os estabelecimentos estão envolvidos com a prática de adulteração de carnes bovinas e suínas in natura. Cada frigorífico chegava a processar uma média de 20 toneladas por dia.
As investigações começaram no início deste ano quando o batalhão do Exercito de Juiz de Fora, na Zona da Mata, estranhou o aspecto da carne adquirida via licitação para servir aos militares. Exames preliminares detectaram substâncias estranhas injetadas no produto. A Polícia Federal foi acionada e iniciou as investigações, que deflagraram, nesta sexta-feira na apreensão de vários quilos de carnes adulteradas.
Segundo peritos da Polícia Federal, exames de ressonância magnética e microscópicos realizados na carne apreendia nesta sexta-feira confirmaram a adulteração, cujo objetivo era aumentar o peso para ganho econômico. Durante coletiva, nesta sexta-feira, na sede da PF, os peritos informaram que não sabem se as carnes adulteradas podem provocar danos á saúde. Conforme a PF, esses produtos alimentícios adulterados seriam destinados às licitações de órgãos públicos e também distribuídos em redes de supermercados.
Os delegados federais Marinho Rezende e Marcílio Zocrato, que chefiaram as investigações, não souberam informar há quanto tempo o esquema funcionava. Há uma suspeita a ser confirmada que os produtos adulterados possam ter sido vendidos e distribuídos também em outros estados. Segundo o Hoje em Dia apurou junto a fontes da Polícia Federal, os frigoríficos alvos da operação foram Plena Alimentos, Cristalfrigo, GN Alimentos, Suprema Alimentos, Fridel e Hipercarnes. Todos eles teriam ou tiveram alguma ligação com o senador Zezé Perrela (PDT). A Cristalfrigo pertenceria a Ivan Costa Sander, ex-contador do senador, a GN Alimentos pertenceria a Gilmar Perrela, irmão do senador e a Suprema Alimentos seria de propriedade de Geraldo Magela Silva, suposto laranja do senador. Da mesma forma, as outras empresas pertenceriam a pessoas que atuariam como “laranjas” do político. Zezé Perrela informou que foi sócio do Frigorífico Perrela há 17 anos e negou qualquer negócio com os frigoríficos investigados. Segundo ele, além da política, hoje ele atua no ramo de agronegócios e construções.
Amostras foram questionadas durante as investigações da operação “Vaca Atolada”. (Foto: Divulgação PF).
Fonte: Carlos Calaes – Do Hoje em Dia

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